Coreia coloca mulheres de plástico em bancos de ônibus e gera polêmica



Uma passageira incomum passou a fazer parte das rotas de cinco linhas de ônibus de Seul, na Coréia do Sul. Trata-se de uma estátua de plástico homenageando as “mulheres de conforto” – um eufemismo usado para se referir a mulheres forçadas a se prostituir em bordéis japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

Muitas dessas mulheres eram de origem sul-coreana e, graças a isso, os moradores do país costumam prestar tributo às vítimas de escravidão sexual para que seu sofrimento nunca seja esquecido. Hoje, estima-se que 37 destas mulheres ainda estejam vivas no país e a comunidade local vem buscando dar mais visibilidade aos horrores sofridos por elas.

Foto © Aflo/REX/Shutterstock

Enquanto na Coreia do Sul as estátuas foram bem recebidas, os japoneses reclamaram da instalação, que deverá continuar em funcionamento até o final de setembro. Eles se baseiam em um acordo assinado pelos dois países em 2015 que previa que os coreanos não iriam mais criticar o Japão publicamente por sua postura em relação às “mulheres de conforto”. Em contrapartida, o país criaria um fundo para ajudar as sobreviventes coreanas.

Foto © Jung Yeon-Je/AFP/Getty Images

Além das estátuas instaladas nos ônibus de Seul, as autoridades da Coreia do Sul planejam transformar o dia 14 de agosto em um dia nacional em memória das vítimas de tráfico sexual durante a guerra. Um museu dedicado a estas mulheres também deverá ser aberto no país em 2020, de acordo com o The Guardian.

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