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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Poema de um louco

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Era uma noite ,o sol brilhava no horizonte montanhoso.   Era meia noite e o sol forte … … no banco da praça o careca penteava suas tranças com um pente sem dente… … o cego lia um jornal …   Estava eu andando parado,sentado de pé numa pedra de pau, com os olhos arregalados quase fechando,quando não muito longe dali havia um bosque sem árvores. Os passarinhos pastavam alegremente enquanto as vacas cantavam pulando de galho em galho a procura de seus ninhos e  os elefantes descansavam à sombra de um pé de alface. Resolvi voltar de pressa vagarosamente pra casa. Chegando pela porta da frente que ficava nos fundos. No quarto deitei meu paletó na cama e me pendurei no cabide. passei a noite em claro,pois esqueci de apagar as luzes. Sonhei que estava acordado ,quando acordei sonhei que estava dormindo. Levantei-me e fui ao banheiro,onde resolvi almoçar,logo senti um gosto horrível na boca .havia comido o guardanapo e limpado a boca com o bife. Fui então até o jardim e lá eu encontrei u

Sol da meia-noite

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Era um sonho, uma atmosfera de Eva, talvez alguns chegando, alguns em casa, mas não havia pressa nas ruas, a volúpia de pacotes, cartões, os preparativos cerimoniais. Eu deslisava para cenários diferentes: uma floresta junto, mas teve um mar, uma montanha, um deserto, e também geleiras, tudo rodeado por uma atmosfera já prenunciando sombras da noite. Ainda não tinha aparecido estrelas, só o sol e uma lua demitir cedo, todo. no céu. Árvores pulsado a uma vida mais intensa, tinham rostos, embebiam-se de lua e vento, como em rituais charme remoto. E então nós vimos os animais: uma concha de caracol espanando as abelhas, ansiosos, brilhando a colmeia, e ninhos de pássaros organizando para mais ovos nas sombras do pátio. Eles cantaram, inoportuna, os galos. Golfinhos fechado círculos grandes, peixes multicoloridos estavam concentrados acima dos corais. Celebrado de galho em macacos filiais e espelho azul de gelo um coro de pingüins animados ensaiando suas músicas e passos. No deserto,

Nem tudo é fácil

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É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.  É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre. É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.  É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.  É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.  É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.  É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.  Se você errou, peça desculpas...  É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?  Se alguém errou com você, perdoa-o...  É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?  Se você sente algo, diga...  É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar  alguém que queira escutar?  Se alguém reclama de você,

Canção da tarde no campo

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                               Canção da tarde no campo Caminho do campo verde estrada depois de estrada. Cerca de flores, palmeiras, serra azul, água calada. Eu ando sozinha no meio do vale. Mas a tarde é minha. Meus pés vão pisando a terra Que é a imagem da minha vida: tão vazia, mas tão bela, tão certa, mas tão perdida! Eu ando sozinha por cima de pedras. Mas a tarde é minha. Os meus passos no caminho são como os passos da lua; vou chegando, vai fugindo, minha alma é a sombra da tua. Eu ando sozinha por dentro de bosques. Mas a fonte é minha. De tanto olhar para longe, não vejo o que passa perto, meu peito é puro deserto. Subo monte, desço monte. Eu ando sozinha ao longo da noite. Mas a estrela é minha.

Mais

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Tem dias que a gente queria mais... Falar mais as pessoas que amamos Calar mais nos momentos difíceis Sorrir mais com alguns amigos. Tem dias que a gente queria mais... Estar mais perto dos nossos filhos Dar mais atenção aos nossos pais E a gente quer mais tempo... Mais tempo pra olhar o sol Mais tempo pra desvendar as nuvens Mais tempo pra se molhar na chuva Mais tempo pra olhar a lua... E a gente descobre que esperou demais Pra realizar tudo isso.

Querer Poder

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Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém  pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.

Se eu pudesse

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Se eu pudesse Se eu pudesse viajar pra dentro de você Então, ver o seu céu, conhecer a sua estrela Sentir a brisa que vem a cada sorriso Entender seu coração quando diz: Há muito mais que isso,  Além do que os olhos podem ver Há muito mais que sentimento,  Há o momento, há um amor maior Se eu pudesse... eu o faria Se eu pudesse tiraria você desse lugar Te levar onde a incerteza não é certa como o amor Onde o olhar nos olhos é capaz de parar o tempo E quando os lábios se tocam, ah! É como se o céu fosse entre nós O amor vence a razão É tão intenso, supera o medo É entrega, é deixar seguir Se eu pudesse... eu o faria...

Titânio

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Você grita alto Mas eu não ouço uma palavra do que você diz Eu estou falando alto sem dizer muita coisa Fui criticada, mas as suas balas ricocheteiam Você atira em mim, mas eu levanto Sou à prova de balas, não tenho nada a perder Atire, atire Ricocheteia, mire Atire, atire Você atira em mim, mas eu não caio Sou feita de titânio Você atira em mim, mas eu não caio Sou feita de titânio Pode acabar comigo Mas você é quem terá mais para sofrer Cidade fantasma, amor mal-assombrado Erga a voz, paus e pedras podem me quebrar os ossos Estou falando alto, mas não estou dizendo muita coisa Sou à prova de balas, não tenho nada a perder Atire, atire Ricocheteia, mire Atire, atire Você atira em mim, mas eu não caio Sou feita de titânio Você atira em mim, mas eu não caio Sou feita de titânio Sou feita de titânio Sou feita de titânio Dura como pedra, metralhadora Atirando naqueles que se erguem Dura como pedra, como vidro à prova de

Necrológio dos Desiludidos do Amor

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Os desiludidos do amor  estão desfechando tiros no peito.  Do meu quarto ouço a fuzilaria.  As amadas torcem-se de gozo.  Oh quanta matéria para os jornais.  Desiludidos mas fotografados,  escreveram cartas explicativas,  tomaram todas as providências  para o remorso das amadas.  Pum pum pum adeus, enjoada.  Eu vou, tu ficas, mas nos veremos  seja no claro céu ou turvo inferno.  Os médicos estão fazendo a autópsia  dos desiludidos que se mataram.  Que grandes corações eles possuíam.  Vísceras imensas, tripas sentimentais  e um estômago cheio de poesia...  Agora vamos para o cemitério  levar os corpos dos desiludidos  encaixotados competentemente  (paixões de primeira e de segunda classe).  Os desiludidos seguem iludidos,  sem coração, sem tripas, sem amor.  Única fortuna, os seus dentes de ouro  não servirão de lastro financeiro  e cobertos de terra perderão o brilho  enquanto as amadas dançarão um samba  bravo, violento, sobre a tumba deles. 

Minha solidão

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Minha solidão  Eu estou caindo em sono profundo Para escapar da realidade Mas a dor ainda está dentro de mim Devo matar-me para libertar minha alma? Ou devo apenas deixar o vazio me abraçar tão facilmente? Sob o meu sono interminável Eu ouço a voz perdida Ela me assombra  Me vejo perdida nesse lugar Minha esperança caindo como folhas de outono Minha mente ainda procura fragmentos de sanidade E aos poucos estou afundando Nem um anjo poderia salvar-me dessa loucura.

PERIGO

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Porque o perigo é quando a gente odeia demais Odeio o modo como fala comigo E como corta o cabelo Odeio como dirigi o meu carro E odeio seu desmazelo Odeio suas enormes botas de combate E como consegue ler minha mente Eu odeio tanto isso em você Que até me sinto doente Odeio como está sempre certo E odeio quando você mente Odeio quando me faz rir muito Ainda mais quando me faz chorar... Odeio quando não está por perto E o fato de não me ligar Mas eu odeio principalmente Não conseguir te odiar Nem um pouco Nem mesmo por um segundo Nem mesmo só por te odiar.