Túneis gigantes no sul do Brasil tem marcas de garras nas paredes como pista de sobre quem os construiu
Quem vê as fotos desses enormes túneis
localizados no sul do Brasil logo pensa se tratar ou de intervenção
humana ou de um fenômeno geológico. A resposta, porém, parece estar
escavada nas paredes dos túneis, onde a marca de grandes garras indica
que tais buracos foram feitos por uma espécie de preguiça gigante, extinta há mais de 10 mil anos, que habitava a região.
Batizadas de “paleotocas”,
as escavações são uma importante descoberta paleontológica, por revelar
aspectos comportamentais de uma espécie extinta, como a forma em que
viviam, se comportavam, os grupos e os hábitos de tal espécie, algo raro
nesse tipo de pesquisa. As tocas descobertas possuem alturas e
profundidades variadas, entre 80 cm, 1,2 m e 2m de altura, com
profundidades chegando até 60 m.
As preguiças gigantes, de tipos como Glossotherium, Scelidotherium e o Megatherium americanum,
eram alguns dos maiores mamíferos da Terra, do tamanho de elefantes.
Certas escavações são simples, com somente um túnel, enquanto outras
surgem como verdadeiros labirintos, com até 25 caminhos diferentes.
Há tendências de pesquisa que apontam
não as preguiças gigantes, mas sim uma espécie de tatu pré-histórico
como os construtores das “paleotocas”. A razão pela qual a maioria dos
túneis foi descoberta no sul do Brasil – com poucos casos mais ao norte –
permanece um mistério, especialmente pois as preguiças gigantes também
viviam em outros países, inclusive na América do Norte, onde nenhuma
“paleotoca” foi ainda descoberta.
Há, pelo visto, muito mais mistério em tais tocas do que a escuridão das escavações meramente esconde.
Todas as fotos © Heinrich Frank
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