Debate: mercado de carne de cachorro responsável por 33% do comércio na Coreia do Sul vai ser fechado
Foi ninguém menos que Gandhi quem afirmou que a grandeza de uma nação e sua evolução moral podem ser medidas pela maneira com que essa nação trata seus animais. Assim, basta pensarmos no hábito sul-coreano de se alimentar com carne de cachorro para paralisarmo-nos horrorizados.
A boa notícia aos defensores de animais
mundo a fora, que seguem à risca o pensamento de Gandhi é que um dos
maiores mercados de carne canina da Coréia do Sul irá fechar suas cruéis
atividades.
Mais de 80 mil cães são vendidos anualmente, vivos ou mortos, para consumo humano no mercado Moran.
Autoridades coreanas pelos direitos dos animais garantem que esse é um
grande passo, mas que é preciso que se mantenham em constante
monitoração, pois a tradição de tal consumo no país ainda é intensa.
O mercado Moran ficou famoso no mundo todo pelos terríveis métodos com que costuma sacrificar os animais.
O dilema que nos resta, porém, é de que a
frase de Gandhi não se restringe aos animais que consideramos mais
fofos, que gostamos de ter em nossas casas, dar apelidos e trata-los
como parte da família: Gandhi fala de qualquer animal.
Sabemos, por exemplo, dos terríveis
métodos de sacrifício utilizados contra vacas, galinhas e porcos – tal
qual costumava fazer o mercado Moran com seus cães. Sendo assim, quando é
que o mundo irá se horrorizar no mínimo com o consumo desenfreado, os
tratamentos hormonais e químicos monstruosos e a maneira vil com que
tratamos os animais que iremos comer?
Sejamos sinceros, afinal: como podemos nos horrorizar com um povo que come cães, se comemos carne bovina e galinhas? Qual é a grande diferença? Se a empatia é seletiva, não é empatia – é hipocrisia.
© fotos: divulgação
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