Solucionar problemas causa extremo prazer em algumas pessoas

Encontrar a solução para um problema ou ver uma situação de maneira diferente causam um prazer semelhante ao orgasmo, de acordo com pesquisadores da Universidade Drexel (EUA). Esse momento “eureka” gera uma reação de recompensa que enche algumas pessoas de prazer, sugerindo uma adaptação evolutiva que incentiva a criatividade.

O estudo, publicado recentemente na revista Neuro Image, constatou que essa resposta prazerosa seria equivalente a provar um prato delicioso, usar substâncias viciantes ou ter um orgasmo.

Como as liberação de substâncias prazerosas no cérebro motivam a reprodução de um certo comportamento, indivíduos que sentem maior recompensa tendem a se engajar mais em atividades criativas, potencialmente ao ponto de excluir outras atividades. Pesquisadores, artistas e apaixonados por quebra-cabeças conhecem bem a sensação.
“O fato de que a evolução conectou a geração de novas ideias e perspectivas ao sistema de recompensas do cérebro pode explicar a proliferação da criatividade e do avanço da ciência e da cultura”, explica o pesquisador John Kounious.

O experimento

Imagem: Wikimedia Commons
Para realizar o experimento, os participantes faziam eletroencefalograma (EEG) enquanto resolviam quebra-cabeças. A atividade consistia em reorganizar letras para encontrar palavras escondidas, o que representa formas mais complexas de solução de problemas.
O resultado prazeroso era obtido quando a pessoa tinha um insight repentino, mas não era obtido por um processo metódico de rearranjar as letras de maneira mecânica até conseguir formar a palavra.

Além disso, os participantes responderam um questionário que media a “sensibilidade à recompensa”, uma característica de personalidade que reflete se a pessoa normalmente é mais motivada pela perspectiva de ganhar uma recompensa do que pelo medo de perder algo.

Por meio de eletrodos colocados no couro cabeludo, o EGG analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, e nesse caso identificou ondas de frequência gama associadas aos momentos “ahá!”. As pessoas mais sensíveis a recompensas apresentaram um nível mais elevado de ondas gama cerca de 0,1 s depois da primeira onda. Essa segunda explosão se originou no córtex orbitofrontal, a parte do cérebro relacionada ao sistema de recompensa.
Esse estudo sugere que a sensibilidade à recompensa pode ser medida e que esse resultado pode ajudar a identificar indivíduos com tendência a trabalhar frequentemente com a criatividade e expandir suas habilidades com o passar do tempo. [Science DirectEurekAlert!Big Think]

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