Crânio de Luzia, fóssil mais antigo das Américas, é localizado em escombros do Museu Nacional

O incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, levou consigo grande parte da memória histórica do Brasil. 

Junto com as chamas foram consumidos mais de 20 milhões de itens, entre eles o Trono do Reino do Daomé – presente recebido por Dom João IV entre 1810 e 1811. 

Diante de um cenário de desalento, uma boa notícia. O crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, foi encontrado. Pesquisadores envolvidos dizem ter identificado 80% dos fragmentos do crânio, que apesar de ter sofrido alterações decorrentes do incêndio, encontra-se em boas condições.

Luzia viveu há mais 11 mil anos

Em entrevista ao jornal O Globo, Cláudia Rodrigues, membra da equipe de escavamento, diz que o crânio “possui alguns danos”, mas “estamos comemorando e agora vamos trabalhar na reconstituição”.

Foram encontradas a parte do frontal ( testa e nariz), parte lateral e ossos, que são mais resistentes. O fragmento de um fêmur, também de Luzia, estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luzia estava também foi recuperada.

Desde o início, o trabalho priorizou as buscas pelo crânio e mobilizou a comunidade científica. Luzia foi uma mulher negra, que viveu há mais de 11 mil anos e foi encontrada por pesquisadores na década de 1970, em uma gruta do sítio arqueológico de Lapa Vermelha, em Minas Gerais. A força tarefa custa R$ 9 milhões e deve ser estendida até fevereiro de 2019.

O Museu Nacional perdeu mais de 20 milhões de itens históricos

Embora estejam felizes com a recuperação do documento histórico, pesquisadores revelam que toda a coleção egípcia, um dos símbolos do Museu Nacional, virou cinzas. Por outro lado, a coleção de invertebrados e insetos foi preservada. 

O incêndio aconteceu em setembro passado e durante mais de seis horas, devastou um dos acervos mais importantes da humanidade. Antiga casa da família real brasileira, o prédio do Museu Nacional tem 200 anos de história.
Fotos: Reprodução

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