E se a Venezuela adotasse o bitcoin como moeda nacional?
Com problemas de hiperinflação sendo reportados na Venezuela desde 2014, quando o aumento dos preços beirou os 70%, a Venezuela vem enfrentando uma grave crise econômica. Em 2017, a estimativa é de que a inflação no país feche em 1.700%.
Apesar dessa situação, até recentemente as notas de bolívares, moeda nacional do país, não haviam sido atualizadas. Dessa forma, com a nota máxima no valor de 100 bolívares, os venezuelanos precisavam carregar maços de bilhetes para poder realizar compras básicas ou então utilizar majoritariamente cartões de débito e crédito.
Graças a isso, o mercado de bitcoins começou a crescer no país, conforme reporta o site The CoinTelegraph. O país lidera o ranking dos que mais investiram na moeda virtual
nos últimos meses. Para os cidadãos, o bitcoin passou a ser uma maneira
de guardar e transportar dinheiro de forma segura, sem sofrer com as
consequências da hiperinflação.
Como explica o Guia do Bitcoin, é comum que nações que passam por uma situação de hiperinflação recorram ao dólar como moeda secundária. Entretanto, a Venezuela não teria dólares suficientes para que isso ocorresse. Portanto, a criptomoeda seria uma maneira de restaurar o poder de compra da população
– e exige apenas conexão à internet. A energia elétrica é subsidiada no
país, o que a torna extremamente barata e faz com que a Venezuela seja
ainda mais propensa a se tornar um grande minerador de bitcoins.
Após a obtenção da moeda virtual, ela podem ser trocada facilmente por bolívares ou dólares
e usada para comprar produtos básicos que são escassos (e caros!) no
país. Alguns boatos já indicam que grande parte da população utiliza a
moeda em seu dia a dia, o que não é verdade.
No entanto, a Venezuela só teria a ganhar ao tornar-se pioneira transformando o bitcoin em moeda nacional. Diante de notícias de que mineradores de bitcoins estão sendo presos no país, tudo indica que essa notícia pode demorar para se tornar realidade.
Comentários
Postar um comentário