Arquiteto cria “parquinho” imersivo para sua filha e outras crianças autistas desenvolverem os sentidos
Com boas doses de empatia, criatividade,
estudo e dedicação, toda e qualquer profissão pode servir para
realmente ajudar quem precisa.
Quando descobriu que sua filha tinha autismo, o arquiteto, designer de computação e especialista e sistemas materiais Sean Ahlquist
decidiu aplicar seus conhecimentos e seu trabalho para um propósito
médico, que pudesse ajudar sua filha e tantas outras crianças como ela.
Assim ele criou a pesquisa Social Sensory Architetcures, ou Arquitetura Sensorial Social.
Dessa pesquisa nasceu o projeto Sensory [PLAYSCAPE],
algo como um parquinho sensorial. Trata-se de uma espécie de grande
brinquedo amorfo, consistindo em uma sinuosa estrutura de fibra de
vidro, com grandes tecidos perfeitamente projetados e esticados presos
nessa estrutura, com a qual a criança pode interagir.
O projeto foi feito por Sean, que é professor de arquitetura na Universidade de Michigan, junto com um grupo de pesquisadores de arquitetura, ciências da computação, música e medicina, a fim de criar um “ambiente responsivo sensorial têxtil”.
A estrutura funciona como uma grande
tela interativa, com um software especial que dispara projeções e sons a
partir dos movimentos e do toque da criança. Dependendo de como, quando
ou com que intensidade a criança se move e interage com a estrutura,
diferentes sonoridades e imagens são disparadas pelo Sensory. A ideia é
estimular experiências que ajudem a melhorar as costumeiras dificuldades
motoras que crianças com autismo costumam apresentar.
Ainda que o objetivo inicial de Sean
sejam as crianças com autismo, ele acha que seu projeto pode também
ajudar crianças e adolescentes com dificuldades emocionais, por também
estimular a criatividade e as reações sensoriais como um todo (além do
mais, quem experimentou garante que “brincar” na estrutura é divertido,
para além de suas funções terapêuticas).
“Ao confrontar os desafios e
satisfazer demandas sensoriais, esperamos que as crianças alcancem um
novo lugar de confiança e engajamento para que possam enfrentar a maior
dificuldade do autismo: a interação social”, diz Sean. De forma simples e, ao mesmo tempo, mágica – e melhorando a vida de quem mais precisa – o futuro vem chegando.
© fotos: divulgação
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