Plesiossauro enorme é descoberto na Patagônia
Novas e seus colegas pesquisadores acreditam que o fóssil recém-descoberto é de um gênero e espécie até então desconhecidos.
Gigante
O animal nadava nas águas que agora são da Patagônia Argentina, cerca
de 65 milhões de anos atrás. O plesiossauro viveu durante o Cretáceo,
cerca de “30 minutos antes da queda do asteroide”, brincou Novas.
As suas quatro nadadeiras medem, cada uma, mais de 1,30 metro de
comprimento, e seu corpo inteiro se estendia por cerca de 7 metros
quando vivo.
Os ossos ainda estão envoltos em rocha, mas o achado é claramente o
plesiossauro mais completo e articulado (ou seja, os ossos não estão
espalhados, mas assentados na posição correta) de que se tem registro.
A descoberta
Em 2009, Novas recebeu uma dica que o levou, juntamente com colegas, a
escavar a criatura perto da costa do Lago Argentino, na província
patagônica de Santa Cruz.
Depois de obter a permissão do proprietário da terra onde o animal se
encontrava, Gerardo Povazsán, um pequeno grupo de paleontólogos começou
a trabalhar, criando uma barreira circular de sacos de areia ao redor
da criatura e drenando a água do lago.
Com a ajuda de um trator doado, os fósseis foram carregados a um
caminhão e transportados para Buenos Aires. Os pesquisadores continuam a
analisar os restos em laboratório, mas já descobriram um fato
intrigante: o plesiossauro tem um pescoço longo.
“A América do Norte está mais familiarizada com os plesiossauros de
pescoço longo, mas aqui estamos mais familiarizados com os plesiossauros
de pescoço curto, que datam do período Cretáceo. Este é um dos poucos
casos em que descobrimos uma exceção aos nossos padrões do sul”, afirmou
Novas.
Árvore genealógica réptil
Uma vez que escavarem totalmente os ossos, os pesquisadores planejam
descrever a nova espécie e comparar a sua anatomia com a de outros
plesiossauros, para que possam criar uma árvore genealógica desses
répteis (apesar do “sauro” no seu nome confundir as coisas,
plesiossauros não são dinossauros. Sua alcunha, de fato, significa
“quase lagarto”). [LiveScience 1 e 2]
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