Lua prateada no Céu, Arreios de prata no corcel, Estrelas brilhantes espiam, Pêlos castanhos cor de mel. Patadas vibram na estrada, Coração a pulsar de emoção, Berrante entoa uma canção, Aboiador com seu canto e devoção. Vaqueiro encourado ou não, Não importa o seu traje não, Cavalgam sob o manto protetor, Mantendo a antiga tradição nesse sertão. Contam causos, trocam prosas, Se divertem estrada a fora, Sai repente e cantoria, Ô mundão que eles adoram. Sabendo que ainda há muito chão, Continuam sua trajetória com animação, Para aqui, para acolá, Para uma cachaça degustar. Nem todos tomam um gole, Mas agüentam chegar lá, O bom é cavalgar, Cavalgar até chegar. Chegando a seu destino, Todos estão a lhe esperar, Descem do lombo do animal, É horas de descansar. O violeiro toca noite adentro, O galo canta anunciando o amanhecer, O sol acaba de nascer, E a lua se despede sem lhe ver