MORTE
Minha morte nasceu quando eu nasci.
Despertou, balbuciou, cresceu comigo…
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi.
Já não tem mais aquele jeito antigo
De rir e que, ai de mim, também perdi!
Mas inda agora a estou sentindo aqui,
Grave e boa, a escutar o que lhe digo:
Tu que és minha doce Prometida,
Nem sei quando serão as nossas bodas,
Se hoje mesmo… ou no fim de longa vida…
E as horas lá se vão, loucas ou tristes…
Mas é tão bom, em meio às horas todas,
Pensar em ti… saber que tu existes!
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