Encontraram plástico em animais que vivem a mais de 10 mil metros abaixo da superfície do mar

Eis que em um habitat remoto, onde pouquíssimos animais conseguem chegar, foi encontrado quantidades consideráveis de plástico em anfípodes, também conhecidos como pulga do mar, mostrando como a ação do homem possui consequências mais amplas do que se poderia imaginar. Os anfípodes são uma espécie de crustáceo e, dos 90 examinados, 65 possuíam pelo menos uma microfibra ou fragmento de plástico em suas entranhas.
O
 estudo foi feito por pesquisadores da Royal Society Open Science e 
publicado na semana passada. Segundo os pesquisadores, após esta triste 
notícia é provável que já não haja mais ecossistemas marinhos não 
impactados pela poluição plástica. A equipe liderada por Alan Jamieson, 
ecologista marinho da Universidade Newcastle – na Inglaterra, encontrou 
fibras plásticas e sintéticas como náilon, polietileno e álcool 
polivinílico.

Como
 tudo na cadeia alimentar está diretamente interligado, a poluição 
plástica nas águas profundas não é apenas um problema para os animais 
que lá vivem, mas também para os animais que se alimentam deles, como 
peixes, crustáceos e até mesmo pássaros. Microplásticos ingeridos por 
pequenas presas podem ter implicações para toda a cadeia alimentar 
marinha: “Quando os microplásticos entram na cadeia alimentar hadal,
 há uma possibilidade forte de que ficarão presos num ciclo perpétuo de 
transferência trófica”, afirmou a equipe.

Foto 1: Jamieson et al / Royal Society 
Fotos 2 e 3: Unsplash
Fotos 2 e 3: Unsplash
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