Última praia intocada de Balneário Camboriú será leiloada na segunda-feira

Mais perversa e absurda do que tornar uma praia um espaço privado, somente a hipótese de se vender a praia – e é isso que está acontecendo com Taquarinhas, a última praia intocada do Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O lance inicial do leilão pelos seis lotes da orla de Taquarinhas é de R$ 230 milhões, a serem pagos para a Caixa Econômica Federal, atual “proprietária” do local.


A praia foi à leilão público após ter sido entregue à Caixa Econômica como garantia por um empréstimo por uma construtora paranaense, que iria construir um resort na região, mas não conseguiu autorização. Taquarinha é uma área de preservação permanente, portanto a construção ali não é simples – o prefeito chegou a enviar um ofício à Caixa, propondo transformar o local em um parque ambiental.

 


O Balneário já vem sendo deformado com a construção de diversos arranha-céus à beira da areia, para venda de apartamentos para veranistas, provocando imensas sombras sobre a praia, acabando com a paisagem e criando corredores de vento entre prédios em ruas estreitas.

A zona de sombra nas praias de Camboriú

A venda da praia de Taquarinha será, portanto, mais um forte golpe contra o meio-ambiente na região, privatizando e provavelmente construindo sobre o último oásis intocado no litoral catarinense. Na Assembleia Legislativa projetos para proteger a praia seguem correndo, mas o leilão seguia marcado para a próxima segunda-feira, dia 18.

EDIT: Na sexta-feira, dia 15, às vésperas do evento, a Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do leilão. Os motivos para o cancelamento ainda não foram divulgados.

© fotos: divulgação

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