Facebook vai começar a retirar conteúdos que podem incitar violência
O
 Facebook já criou um planejamento para tirar do ar conteúdos que contêm
 informações falsas que podem gerar violência. Essa mudança na rede 
social está acontecendo depois que a empresa foi culpada por causar 
agitação social em Mianmar e no Sri Lanka.
O Facebook diz defender
 a liberdade total de expressão. Por isso, não deleta conteúdos falsos, 
mas deixa de promovê-los na linha do tempo dos usuários.
Com a 
nova estratégia, o Facebook vai trabalhar com algumas organizações 
externas para determinar se um post contém informações incorretas que 
podem gerar violência. Caso confirmado, esse tipo de conteúdo será 
deletado da plataforma.
A empresa divulgou nesta quarta-feira (18) que esta nova estratégia será introduzida primeiro em Mianmar e no Sri Lanka.
Pesquisas
 mostram que o discurso de ódio explodiu no Facebook durante a crise dos
 refugiados rohungya, em 2015. Naquele ano houve uma fuga em massa de 
pessoas do Mianmar para países do sudeste asiático para escapar do 
massacre que sofriam no país por serem minoria muçulmana. A ONU acusou o
 Facebook de contribuir para a “rudeza, discórdia e conflito”.
Já o governo do Sri Lanka responsabilizou o Facebook pelos protestos anti-muçulmanos que aconteceram por lá no começo de 2018.
Os
 dois episódios resultaram em muitas mortes. Questionado se sentia-se 
responsável pelas fatalidades, Mark Zuckerberg afirmou que sente 
responsabilidade por tentar resolver o problema.
“Quero garantir 
que nossos produtos sejam usados para o bem. As pessoas usam ferramentas
 para o bem e para o mal, mas eu acho que temos uma responsabilidade 
clara para tentar amplificar o bem e fazer tudo o que podemos para 
diminuir o mal”, afirmou ele.
Zuckerberg disse que o Facebook já 
está colhendo bons resultados no Mianmar depois que pessoas fluentes em 
burnamês foram contratadas pela empresa para entender quem está 
promovendo o discurso de ódio e que tipo de conteúdo provoca a 
violência.
Educomunicação
Enquanto
 a internet e redes sociais permitem – em teoria – a democratização da 
informação, a repentina liberdade de criação de conteúdo pegou a maior 
parte da população mundial de surpresa. Sem a educação ou experiência 
necessária para saber lidar com tanta informação que pode ou não ser 
verdade, a maioria das pessoas não tem olhar crítico para identificar as
 fake news.
Uma possível solução para este enorme 
problema está na educomunicação, a educação para a mídia. Com ela, os 
consumidores de notícias de todos os tipos aprendem a identificar 
características básicas de um conteúdo, como fontes e autores. Assim, 
têm maior autonomia para perceber se aquela é ou não uma notícia falsa.

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