10 frases de cartas de amor escritas por Napoleão Bonaparte que soam como mensagens de texto insanas
Quem
nunca mandou uma mensagem de texto um pouco exaltada ao “mozão” quando
ele ou ela demorou demais para responder, dizendo coisas como “Odeio
você, insensível”?
Pois Napoleão Bonaparte tinha sua própria versão dessa histérica briga de amor do século 18.
O
imperador pode ter conquistado grande parte do mundo, mas não passava
de um menino apaixonado perto de sua mulher, Josefina de Beauharnais.
As
cartas de amor que Napoleão escreveu para ela durante sua vida são
famosas e, quando as lemos hoje, se assemelham aos e-mails, textos e
mensagens de voz desesperados e patéticos que casais de todos os cantos
trocam.
Mas é como disse o maravilhoso poeta português Fernando
Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos: “Todas as cartas de amor são
ridículas, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas” (…) “Mas,
afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são
ridículas”.
Observação: Os trechos abaixo foram traduzidos livremente do inglês, conforme publicados no portal Mental Floss.
1. “EU DETESTO VOCÊ”
Em
uma carta a Josefina, poucos meses depois de se casarem, Napoleão
escreveu: “Eu não te amo, nem um pouco; pelo contrário, eu detesto você –
você é uma vaca perversa, palerma e tola”.
E essa foi apenas a primeira frase!
2. “EU ESPERO TE APERTAR EM MEUS BRAÇOS EM BREVE”
Aposto
que você também já se descontrolou e se arrependeu logo em seguida,
como Napoleão, que terminou a mesma carta dizendo: “Espero te apertar
nos meus braços em breve e te cobrir com um milhão de beijos queimando
como se debaixo do equador”.
Ui!
3. “UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO, E OUTRO MUITO MAIS EMBAIXO”
Em
abril de 1796, Napoleão implorou a Josefina para que fosse até ele em
Milão, quando escreveu: “Eu devo estar sozinho e longe, muito longe. Mas
você está vindo, não é? Você estará aqui ao meu lado, em meus braços,
no meu peito, na minha boca? Voe e venha, venha… Um beijo em seu
coração, e outro muito mais embaixo, muito mais embaixo!”
É o sexting do século 18.
4. “SEUS LÁGRIMAS ME ROUBAM A RAZÃO”
Em
julho de 1796, a saudade ainda não passou e Napoleão se torna mais
pegajoso: “Suas lágrimas me roubam a razão e inflamam meu sangue.
Acredite-me que não está no meu poder ter um único pensamento que não
seja de ti, ou um desejo que não possa revelar-te”.
Meio exagerado, não?
5. “VOCÊ É MALVADA E PERVERSA, MUITO PERVERSA”
“Eu
escrevo a você, minha amada, muitas vezes, e você escreve muito pouco.
Você é malvada e perversa, muito perversa, tanto quanto você é instável.
É infiel enganar um pobre marido, um amante terno!”
Agora, o marido ciumento está em plena ascensão, se fazendo de coitado em um insuportável jogo de manipulação emocional.
6. “SEM SUA JOSEFINA… O QUE PODE FAZER?”
Mas
Napoleão não pode parar, e continua insistindo que não é nada sem ela.
Extremamente dramático, fala sobre si próprio em terceira pessoa: “Sem a
sua Josefina, sem a garantia de seu amor, o que restará para ele na
Terra? O que ele pode fazer?”
O que restará? Que tal quase toda a Europa? Nessa época, Napoleão já era imperador de grande parte do continente.
7. “VOCÊ NÃO AMA SEU MARIDO”
Aparentemente,
Josefina não respondeu Napoleão, e ele enlouqueceu de vez. Eu entendo o
lado do imperador, mas também compreendo o de Josefina, afinal,
Napoleão estava forçando bastante a barra: “Você não me escreve de forma
alguma; você não ama seu marido; você sabe quão feliz suas cartas o
deixam, e você não escreve seis linhas de bobagem…”.
Por favor,
Josefina, o que custa enviar seis linhas de “Tá legal, Napoleão,
obrigada por me tratar como o centro de sua felicidade, por aqui tem
chovido bastante”?
8. “QUÃO FELIZ EU SERIA SE PUDESSE TE AJUDAR A SE DESPIR”
Tendo
resposta ou não, Napoleão não se aguentou e retornou às mensagens
provocantes: “Quão feliz eu seria se pudesse ajudá-la a se despir, o
pequeno peito branco firme, o rosto adorável, o cabelo amarrado em um
lenço a la creole”.
9. “ADEUS, ADORÁVEL JOSEFINA”
Nesta
carta, Napoleão diz que “surpreenderá” Josefina um dia: “Adeus, adorável
Josefina; uma dessas noites sua porta se abrirá com um grande barulho;
como uma pessoa ciumenta, e você me encontrará em seus braços”.
Ameaçador, hein?
10. “O VÉU ESTÁ RASGADO”
Napoleão
escreveu ao seu irmão para contar que estava apaixonado por Josefina:
“O véu está rasgado… É triste quando um e o mesmo coração está rasgado
por sentimentos tão conflitantes por uma pessoa… Preciso estar sozinho.
Estou cansado de grandeza, todos os meus sentimentos se secaram. Eu não
me importo mais com minha glória. Aos 29, eu esgotei tudo”.
Esta
carta é especialmente constrangedora porque os britânicos a
interceptaram e a publicaram em todos os jornais, como aquele professor
que leu seu bilhetinho em voz alta na sala de aula para te ensinar uma
lição. [MentalFloss]
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