Cobras gigantes usam armas diferentes para vencer a adversária em um duelo mortal



Uma imagem incrível viralizou na internet na semana passada: duas cobras gigantes aparecem engalfinhadas em uma batalha mortal. Uma delas é uma cobra-real, a maior cobra venenosa do mundo, que pode ultrapassar os seis metros de comprimento. A outra, uma píton-reticulada, a maior cobra do mundo – alguns espécimes chegam a ter mais de nove metros de comprimento.


Na batalha, as duas cobras usaram as suas melhores armas: a cobra-real, famosa por atacar e comer outras cobras (seu nome científico, Ophiophagus, significa literalmente comedora de serpentes), dá uma mordida venenosa atrás da cabeça da adversária, enquanto a píton, que não é venenosa, faz o que sabe fazer de melhor: esmagar a vítima até a morte. Para azar dos dois répteis, ambas são bem sucedidas em seus ataques, e as duas cobras terminam a batalha mortas.

 
O choque mortal provavelmente ocorreu em algum lugar no Sudeste Asiático, onde as duas espécies coexistem. Após ser postada no Facebook, a foto rapidamente atraiu a atenção dos herpetólogos e curiosos que se maravilharam com a visão incomum.

“(A imagem) parece real, não parece ‘photoshopada’ ou qualquer coisa”, diz Frank Burbrink, do Museu Americano de História Natural, em uma reportagem da National Geographic. “Este é um encontro estranho, mas muitas coisas que acontecem com cobras nunca são facilmente vistas”, aponta.

Máquinas mortíferas

As cobras-reais atacam a base da cabeça de suas vítimas, depois as matam injetando um coquetel venenoso que rapidamente desliga o sistema nervoso e paralisa a presa. “Elas podem enfrentar a maioria das cobras que eles encontram”, diz Coleman Sheehy, do Museu de História Natural da Flórida, à reportagem da National Geographic.

As pítons reticuladas, por outro lado, usam seus músculos para estrangular suas refeições, que normalmente compreendem mamíferos, e não outras cobras. “Se houve um evento predatório aqui, foi da cobra-real contra a píton”, diz Burbrink. “E não funcionou para nenhuma delas”.Nós não sabemos com que frequência este tipo de luta entre cobras acontece na natureza, mas não há nenhuma certeza de que este foi um encontro natural.

“Sabemos que as cobras-reais comem outras cobras, mas você nunca sabe se as pessoas estão fazendo coisas desagradáveis ​​para arranjar as coisas”, diz Burbrink. “As pessoas possuem cobras-reais, e – ‘ei, vamos ver o que acontece quando você coloca esses caras em uma pequena vala. Você pode ver que há uma borda nos dois lados [na foto] e elas podem ter sido colocadas lá, mas também pode ter acontecido na natureza. Eu queria estar lá para ter visto isso”, aponta o especialista.

Mas, independentemente do que levou à batalha, a sequência de eventos é clara: a cobra-real encontrou uma presa grande demais para o seu tamanho, mas a atacou mesmo assim. A píton, por sua vez, fez exatamente o que as pítons fazem: se enrolou e estrangulou seu atacante.Tanto o veneno quanto a força das duas cobras era demais para a outra, e, segundo Sheehy, as duas provavelmente estavam mortas dentro de 30 minutos.

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