Viaje pelas montagens surrealistas de jovem artista “apaixonada pelo impossível”
A cauda de vestido é uma onda na praia, o
cobertor é uma estradinha no mato, patos passeiam pela tela de um
celular. Nada disso é estranho demais para Monica Carvalho, a mente por trás do Mofart, projeto que reúne uma fantástica coleção de colagens e manipulações digitais.
Monica é, de fato, uma moça de ideias excêntricas. O nome do projeto, por exemplo, surgiu da palavra “mof” – um neologismo que ela inventou para substituir falas cotidianas como “que legal“, “desculpa” ou “obrigado“. É tudo mof.
Não faz sentido, ela sabe. Filha de portugueses, deixou a Suíça, seu
país natal, para estudar História da Arte na Inglaterra. Foi quando viu
crescer ainda mais a admiração pelos surrealistas Salvador Dalí e René
Magritte.
Para chegar a estas imagens surrealistas, Monica costuma utilizar apenas fotografias que ela mesma tira
– autorretratos, viagens, família, objetos etc. A exceção é quando
busca no Google fotos de planetas ou galáxias. Com o material em mãos,
debruça-se sobre programas de edição como o Adobe Photoshop e deixa a imaginação fluir. Colando, sobrepondo, distorcendo, explorando as possibilidades mais surpreendentes. Obras que fazem sucesso do Instagram às paredes da galeria londrina Sprout Arts.
“Para mim, a arte está em qualquer lugar, a qualquer hora.
Arte é aquilo que inspira, que chama a atenção, que conta algo sobre o
mundo em que vivemos ou sobre outro mundo. Nós estamos sempre cercados
por arte – seja nos móveis da nossa casa, no filme que assistimos ou na
música que ouvimos. Por isso, acredito que haja maneiras infinitas de
criar novos tipos de arte e de ideias. Tudo é possível“, defende Monica, tanto no discurso quanto em suas colagens.
Todas as fotos © Monica Carvalho
Comentários
Postar um comentário