10 grafiteiros brasileiros que fazem sucesso na gringa
O
graffiti se alastra pelo mundo todo ano após ano, sendo que alguns
países já até o consideram como patrimônio público. O Brasil tem um
talento nato para trabalhos manuais, desde artesãos até grandes
artistas, que há séculos fazem sucesso na gringa. Com grafiteiros tão
talentosos no país, não poderia ser diferente, e muitos deles já se
conquistaram seu espaço em outros continentes.
Entre
muros, galerias de arte e museus, os artistas expõem seus trabalhos que
envolvem crítica social, natureza, universo feminino, violência
doméstica, política, caos e arte abstrata. Passando suas mensagens
adiante, atravessaram fronteiras e quebraram barreiras, já que
atualmente são poucos os países que ainda deixam de apoiar o graffiti
como plataforma artística e cultural.
Seguindo
seus próprios estilos, os grafiteiros conseguem ainda desenvolver um
papel importante dentro do cenário político e econômico, revelando suas
insatisfações e anseios por meio da arte, mesmo que inseridas num
conceito lúdico, o mesmo que nos transporta para longe dos problemas
cotidianos.
Conheça abaixo um pouco de alguns artistas que exibem seus traços dentro e fora do país:
1. Os Gêmeos
Certamente
dois dos mais conhecidos artistas brasileiros são os irmãos gêmeos
Gustavo e Otavio Pandolfo, que começaram a carreira artística no bairro
Cambuci em meados dos anos 1980. Atuando em várias plataformas, como
pintura e escultura, o graffiti é que foi o grande responsável por seus
maiores sucessos. É possível conferir obras da dupla em países como
Espanha, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha.
2. Crânio
Misturando
crítica social e povos indígenas, o artista Crânio ficou mundialmente
famoso por espalhar pelos muros os personagens que são a cara do Brasil e
mesmo assim são tão esquecidos por aqui. Inspirado por desenhos
animados e Salvador Dalí, desenvolveu um estilo único e marcante, que ao
mesmo tempo em que causa reflexão, tem um ar divertido. Ele já expôs
trabalhos em países como França, Barcelona, Amsterdã e Miami.
3. Kobra
O
paulistano Eduardo Kobra ganhou fama mundo afora por conta de seus
murais um tanto caleidoscópicos, em que cores e texturas se misturam com
retratos de personalidades famosas ou pessoas desconhecidas. A pintura
3D foi feita pela primeira vez no Brasil em sua primeira pintura sob
pavimento, na Praça do Patriarca, em São Paulo.
4. Alex Hornest (Onesto)
Nova
York, Bogotá, Los Angeles e San Francisco são algumas das cidades onde
Onesto expôs suas obras. Natural de São Paulo, o artista faz um
contraponto entre o universo lírico e o caos das grandes cidades, que
dialogam com o cotidiano.
Irmã
de cinco meninas, não é a toa que Nina leva para as telas traços muito
delicados e femininos, que remetem à infância e a natureza. Do Cambuci
para o mundo, ela já expôs e desenhou em países como Alemanha, Suécia,
Nova York, Los Angeles e Escócia, onde pintou um castelo junto com Os
Gêmeos e Nunca.
6. Nunca
Aos
12 anos de idade, Nunca já dava seus primeiros passos da arte urbana,
fazendo parte de um grupo de pichadores da zona leste de São Paulo. Aos
15, conheceu o graffiti e não parou mais, fazendo sempre desenhos que
tem uma ligação forte com a cultura indígena brasileira, em confronto
com o cenário urbano moderno. Além do Brasil, já expôs na Grécia e na
famosa Tate Modern, em Londres.
7. Zezao
Expondo
em grandes galerias de arte e museus, Zezao começou a grafitar em 1995
após sofrer um acidente que o impediu de andar de continuar andando de
skate. Ele continuou sua ligação com a rua através da arte, pintando
sempre na cor azul, que alcançou muros internacionais, em países como
Paris e Los Angeles.
Foto © Brunella Nunes
Um
dos pioneiros na arte do grafite dentro da América Latina, Binho já tem
uma carreira sólida na arte urbana, sendo a fundador e curador da Bienal
do Graffiti, que acontece em São Paulo. Além de fazer curadoria de
eventos na área e estar ligado a cultura hip-hop, atuou como cenógrafo
em diversas produções, como “5 Poison” (Japão, 2000), “Bicho de 7
cabeças” (Brasil, 2001), “O Magnata” (Brasil, 2006) e “Antônia” (Brasil,
2006).
Foto © Brunella Nunes
9. Nick Alive
Desde
1997, Nick preenche as ruas de São Paulo e do mundo com seus graffitis.
O ilustrador procura focar seus desenhos na busca pela paz de espírito,
retratando seres andrógenos, o que amplia as interpretações de suas
obras. O artista, que organizou o “Meeting of Styles”, um dos eventos
mais importantes do gênero, já expôs em vários estados brasileiros, no
Chile e em Nova York.
10. Anarkia Boladona
Depois
de pichar muros na adolescência, a carioca Panmela Castro – ou Anarkia
Boladona – se consolidou como artista e grande defensora das mulheres.
Questões do universo feminino e especialmente a violência doméstica são
temas de seus graffitis, que chegaram até Nova York e Paris através do
projeto “Grafite contra Violência Doméstica”.
Fotos: divulgação