Rosas ao Sudário

Rosas tão belas, inocentes De aparência serena O extasiante perfume, A muitos lembra o amor, A mim, causa apenas dor Com seus espinhos vazou–me as veias, Sangrei assim por ela Saciando os desejos vis. O perfume retorna a mim, a imagem Da tez lívida, fria e inerte Angustiante silêncio, sem nunca findar. Gotas da chuva regiam a sinfonia nênia, O vento tocava seus cabelos, como cordas d'harpa celestial. O frio rachava meus lábios, O qual um dia, provou de seus beijos lascivos, No peito jazia o calor, ardendo em paixão, Ardor agora, apenas da alma solitária A pagar eternamente o débito por um amor jamais concebido.

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