Alucinação de um pobre coração

Sem sono, angustiado dormirei no relento Sentindo a brisa do vento apunhalando o apunhalado Verei-a vindo até mim Nua, a mais bela flor Nas cismas encantadas de langor Sentirei o amor neste triste fim Nos teus ombros chorarei insanamente Oh! Donzela de um olhar pueril Deite-se comigo às margens do rio traga-me o amor eloquente Teu seio de mamilo rosado Beijo-lhe com intensa pureza Lua cheia que encanta com sua beleza Pare um encantamento como a mão do enforcado Estrelas iluminam um céu sombrio Teus lábios sangram como o amor Bebo deste sangue de voluptuoso frescor Gozo dessa alucinação hostil Não vá assim tão cedo Ao menos volte amanhã Ou parte-me agora como uma maçã Está linda nua, por isso tremo de medo O último toque dos lábios O sol já está por vir A raiar e fazê-la umir Volto ao meu sono, o sono dos sábios.

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