A espera

Folheando páginas e mais páginas Procurando nelas a linha do horizonte Perdido entre o que meus braços não podem agarrar E o que eu não quero soltar Mas antes que as ideias eu desponte Saibam que o sol é de longe uma das coisas mais trágicas! Eu não me importo em contar, embora não sei se devo Que eu aguardo do tempo uma solução Aguardo com tamanha prontidão Enquanto aguardo, eu leio, estudo, escrevo Os meus vários sorrisos oscilam involuntários A causa é desconsolação do meu espectro tendencioso Por muita vez deixei cair os braços sob o por do sol embaraçoso Eu renego fortemente esta epiderme de medos desarbitrários Em vão Não sei que sentimento ainda inexpresso Me aflingirá de modo sufocante e bem de repente Munido de um cansaço exorbitante e incondizente Com a disposição ausente mas com sorriso eu me subestabeleço Suspiroso A noite é dama antiquíssima O ente que entende melhor estas máscaras Seu xale franjado de infinito é de fato elegantíssimo Prostramo-nos juntos a ouvir o som das cítaras Vem solene aquele sono que austera A dolorosa espera que é esta vida Cheio de esperança vazia e partida E a copa das árvores bebem a dolente primavera...

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