Menina de 11 anos cria campanha para reunir mil livros com protagonistas negras: e já conseguiu 4 mil!
A desigualdade racial se constrói não só
 nos gestos diretos de racismo ou na falta de oportunidades iguais, mas 
também nos discursos impostos indiretamente e na naturalidade com que a 
tratamos.
Se para uma criança branca é natural identificar-se com a maioria das princesas, príncipes, heróis e heroínas das histórias, o processo é inverso para uma criança negra – como se, para ela, não houvesse histórias com as quais ela possa diretamente se identificar.
 
Foi diante dessa angústia que Marley Dias,
 uma menina negra de 11 anos, moradora de Nova Jersey, nos EUA, teve uma
 ideia para tentar ao menos um pouco reverter esse ciclo: reunir uma 
pequena biblioteca com mil livros em que a protagonista seja negra.
“Eu estava frustrada desde a quinta série porque nunca lia livros com personagens com que eu pudesse me conectar”, contou Marley, em entrevista para o Huffington Post. Por isso ela começou a campanha #1000BlackGirlBooks (1000 livros de garotas negras), em novembro passado.

“Eu sou importante porque trabalho 
com outras garotas para garantir que suas histórias e vozes sejam 
ouvidas através da minha campanha 1000 livros de garotas negras. Porque 
sou negra e sou uma garota. Histórias negras são sobre vidas negras e vidas negras importam”.
E a campanha, realizada em parceria com a Fundação Grass Roots, da mãe de Marley, já ultrapassou em muito sua meta original, contando hoje com 4000 livros catalogados. 700 desses livros já estão disponíveis no site.
  
O sonho de Marley é crescer para se transformar em uma editora de revistas,
 e escrever pelo menos um livro para que garotas como ela possam se 
conectar. Elas continuam a receber livros, que são doados para escolas 
nos Estados Unidos e na Jamaica, onde Marley nasceu.
 

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