Justiça condena escola que impediu garoto de dreads de assistir aulas
Chikayzea
Flanders, de 12 anos, foi proíbido de assistir aulas na Fulham Boys
School em Londres por causa de seu penteado. Adivinhem, o jovem negro
estava impedido de entrar na escola por usar dreadlocks. Racismo, a
gente vê por aqui.
A
discriminação racial aconteceu em setembro de 2017. Ao chegar para o
primeiro dia de aula, o pequeno britânico foi informado por
representantes da instituição de ensino que se não cortasse o cabelo,
receberia uma suspensão.
Sua
mãe, Tuesday Flandres, ficou indignada com o racismo da escola e entrou
na Justiça contra a medida absurda. Ela argumentou que a exigência, além
de racista, poderia ser caracterizada como um ataque à religião da
família, que é rastafári. No rastafarianismo, os seguidores
tradicionalmente usam dreads. Tuesday tirou o filho da Fulham Boys
School.
Como
se racismo fosse defensável, o diretor da escola, Alun Ebenezer, disse
que a política de aparência continuaria valendo, pois “protege o modo de atuação a instituição”.
Ele relatou também que “20% de nossos alunas vêm de escolas privadas e convivem com 40% de alunos de classes menos favorecidas”. Segundo ele, “a política de uniforme serve para que não haja diferenciação entre os alunos”.
David
Isaac, diretor da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos ajudou a
família e manifestou contentamento com a decisão judicial. “A escola reconheceu suas falhas nessa questão e concordou em revisar suas políticas”, finalizou.
A Justiça ordenou que a Fulham Boys School pague uma indenização à Tuesday e seu filho, além de cobrir os gastos com o processo.
“Como
pais, nós confiamos nas escolas e nos professores para ajudar a moldar a
vida das crianças através da educação, mas eles jamais deveriam
restringir expressões da sua identidade ou de suas crenças religiosas”, declarou à BBC.
Fotos: Reproduçãov /fonte via
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