Série fotográfica impactante problematiza tratamentos de clareamento da pele negra



Um dia, ao reencontrar um amigo de longa data que não via há tempos, o fotógrafo Adrian McDonald, assim que pousou os olhos, não teve como não reparar em algo realmente inesperado: a pele de seu amigo, antes negro, agora estava bastante mais clara. “O que houve, cara? Está clareando a pele?” ele perguntou. O amigo, constrangido, confirmou, dizendo que precisava seguir a tendência, e que as garotas adoravam a “pele mais clara”. Assim, perplexo diante de tal cena, nasceu a nova série fotográfica de Adrian.


“O ódio por nós mesmos funciona tão bem que somos capazes de nos oprimir em seu nome”, ele diz, no post original. “Você não precisa apagar sua negritude”, afirma Adrian, convidando quem esteja lendo e principalmente vendo as fotos que esteja pensando em clarear a pele (através de bizarros produtos químicos), que reflita junto com as imagens.


“Suas raízes não são somente a pele que você está clareando – são sua alma”, ele segue. “Não tinja seu templo somente para agradar os espectadores”, conclui, apontando não só o terrível sentido simbólico que tais processos oferecem – plenos em racismos – como o horror da indústria que lucra com o preconceito descaradamente.

 

 

 

© fotos: Adrian McDonald

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