Dona de casa: ‘o que eles chamam de amor é trabalho não pago’, diz intervenção
“Ah, minha mãe adora cozinhar.”
“Ela limpa a casa porque gosta!”
“Ela faz tudo por amor.”
Quem
nunca ouviu essas frases? Acontece que, por trás da aparente inocência,
há muito trabalho duro – e não pago! É o que lembram estas intervenções
nas ruas argentinas.
A frase é da escritora Silvia Federici e, de acordo com a página do Facebook Marcha Noticias, foi pintada nas ruas de Buenos Aires pela artista Ailen Possamay, que assina apenas como Possa.
À
publicação, a artista comenta que, apesar de ver o crescimento da
consciência sobre a violência de gênero, ela ainda é associada quase que
exclusivamente à violência física. “Assim, muitos tipos de
violência permanecem relativamente ocultas e invisibilizadas e,
portanto, se faz pouco ou nada para combatê-las“, diz.
Ailen
fala sobre o que chama de “violência econômica” e usa as ruas para
combatê-la e lutar contra a naturalização da mulher enquanto única ou
principal provedora do trabalho doméstico. “Enquanto o
sistema nos quer em nossas casas, trabalhando gratuitamente, nós saímos
às ruas a disputar com o sistema o valor das nossas vidas“, esclarece ao mostrar o impacto que a arte de rua tem nesta tomada de consciência.
Comentários
Postar um comentário