As vítimas do ‘selfitis’: Obsessão por tirar selfies é distúrbio mental, aponta estudo
Tirar selfies de forma compulsiva pode ser uma doença. Um estudo publicado pelo International Journal of Mental Health and Addiction classificou a obsessão por fazer autorretratos o tempo todo como um distúrbio mental chamado selfitis.
Janarthanan Balakrishnan, da Thiagarajar School of Management, na Índia, e Mark D. Griffiths,
da Nottingham Trent University, no Reino Unido, estudaram cerca de 600
alunos universitários indianos, que estabeleceram três níveis de força
da selfitis, de forma crescente.
Baseados nisso, eles criaram uma
escala chamada Selfitis Behavior Scale, que se fragmenta em diversas
subcategorias com indicativos das razões pelas quais as pessoas tiram
selfies.
O
encantamento com o ambiente, competição social, busca por atenção,
mudança de humor, autoconfiança e conformismo social foram os seis
fatores mais poderosos que, de acordo com a pesquisa, levam a maioria
das pessoas a se registrarem com câmeras fotográficas e celulares.
A
competição social também é um dos sentimentos mais poderosos em outros
distúrbios, como a aposta compulsiva e o vício em videogames.
Depois
da criação das escalas, ficou constatado que, entre 400 estudantes, 34%
sofriam de selfitis em um nível baixo, 40,50% em um nível
intermediário, e 25,50% já em um nível crônico.
Não
por acaso, quanto mais jovem o estudado, mais a potencial doença
cresce. A maioria dos que apresentam quadros mais graves tem entre 16 e
25 anos.
Curiosamente, 55% das pessoas diagnosticadas não tiram lá
tantas selfies assim, com apenas 1 a 4 por dia. Apenas 9% dessas
pessoas tiram oito ou mais fotos. E, por incrível que pareça, 34% nunca
postaram suas selfies na web.
Fotos: Pixabay
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