Tatuador de Curitiba ajuda detentas a terem novos significados para suas tatuagens

Se a permanência que as tatuagens possuem é um dos aspectos mais interessantes dessa arte, como uma maneira profunda de lembrar algo ou alguém, marcar a pele pra sempre com uma lembrança desagradável – e que ainda poderá incitar juízos por parte de outras pessoas – se torna de forma inversamente proporcional um problema.

Foi pensando em ajudar as detentas em regime semiaberto que o tatuador curitibano Matheus Sari dispôs seu talento a fim de refazer tatuagens que não mais as agradem.


Dentro da prisão, as tatuagens podem significar uma espécie de senha ou símbolo para a necessária inserção social. Fora, porém, se tornam muitas vezes lembranças duras, feitas de forma precária, com resultados desagradáveis e como uma memória permanente de uma situação ruim.

Além do mais, se a própria situação de ter estado presa dificulta a reinserção no mercado de trabalho, tais tatuagens prejudicam ainda mais.

 

 

Inspirado no projeto polonês Freedom Tattoos, esse foi o caminho encontrado por Matheus para realizar um trabalho comunitário a partir de seu trabalho. Através do Escritório Social do Paraná – órgão de apoio aos egressos do sistema carcerário – as detentas em regime semiaberto podem agendar o horário, e então escolher uma nova tatuagem para transformar aquela página amarga em uma nova página, aberta ao futuro, para ser contornada com boas memórias em suas novas vidas por vir.

 

 

 


© fotos: Jennyfer Loefch/Divulgação

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