A força visceral e doce das belas tatuagens da pernambucana Scarlath Louyse
Tímida e deslocada quando criança, a tatuadora pernambucana Scarlath Louyse
encontrou somente uma maneira de encarar o mundo e tornar-se ela mesma:
desenhar sobre toda e qualquer coisa que cruzasse seu caminho – de
paredes a pessoas. Foi designer, ilustradora e estilista antes de ganhar
uma máquina de tatuagem de um amigo, e decidir abandonar as profissões
que antes exercia e seguir seu antigo sonho de tatuar. A escolha, como
mostram as imagens, foi evidentemente acertada.
Sob influência do universo do cineasta Tim Burton,
ela desenvolveu um estilo visceral e profundo em seu trabalho, entre o
belo e o sombrio, sempre com fundos poéticos em traçados vivos e cheios
de personalidade. Scarlath começou há pouco tempo nesse universo mas,
com somente três anos de carreira como tatuadora e apenas 24 anos, já se
destaca entre a nova geração no Brasil.
A tatuadora Scarlath Louyse
Sem se preocupar com o belo, o
harmônico, mas sim com a força e a visceralidade de seu desenho, suas
referências são amplas e variadas, indo da xilogravura e literatura de
Cordel ao pintor Gustav Klimt – e, dentre tatuadores, nomes como Noel’le Longaul, Frederico Rabelo, DotsToLines (Chaim) são alguns dos que a inspiram.
Scarlath vive uma vida nômade, e agora
está de mudança para Curitiba, no Paraná – e segue rabiscando o que vê
pela frente, mas agora profissionalmente, e com a força e desenvoltura
de quem possui uma voz clara e alta – através dos traços na própria pele
e na pele dos outros.
Todas as fotos © Scarlath Louyse
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