Artista urbano cria intervenção para defender a vida em comunidade quilombola

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O artista de rua Emol é natural de Diadema, em São Paulo, mas desde 2009 vive de forma nômade, sem residência fixa para poder conhecer melhor nosso país. Ele faz o possível para vivenciar culturas locais e captar suas questões fundamentais, como em sua última obra, no mangue cearense.

Chamado Quilombo do Cumbe, o trabalho é uma forma de alerta sobre a resistência da Associação Quilombola do Cumbe, localizada em Aracati, no Ceará. A comunidade é, tradicionalmente, produtora de alimentos como coco e manga, além da captura de caranguejos.
Nos últimos anos, porém, a harmonia local vem sendo desequilibrada por causa de novas atividades econômicas, como a atuação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará, a carcinicultura (criação de camarões em viveiros) e a geração de energia eólica.

Segundo Emol, os empreendimentos da carnicicultura “criam conflitos entre os próprios moradores, poluem as águas e desmatam o mangue, constituindo uma ameaça ambiental, cultural e socioeconômica na região”.

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Na intervenção Quilombo do Cumbe ele criou um lindo caranguejo, símbolo do mangue, com o ideograma Akoben, que significa “chifre da guerra” e cimboliza a vigilância, pairando sobre sua cabeça. Alguns moradores locais nomearam a pintura como “o caranguejo guerreiro pronto pra guerra”.

Confira outros trabalhos de Emol:

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Todas as imagens © Emol

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