Onde vivem mais tubarões? Pesquisa global revela os pontos mais populosos

 

Cientistas visitaram 100 recifes por todo o mundo e recolheram mais de 5.000 horas de filmagens subaquáticas para descobrir em quais lugares do mundo vivem mais tubarões, e em quais lugares eles são escassos.

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Os resultados preliminares do projeto sugerem que alguns pontos são lotados desses predadores do oceano, enquanto outras áreas têm pouco ou nenhum sinal dos animais.

Empreendimento gigante

O projeto, maior do tipo até à data, é chamado de Global FinPrint.Os pesquisadores estão usando iscas com equipamentos submarinos de vídeo (“baited remote underwater vídeo” ou BRUV) para capturar imagens de tubarões e outros animais em mares de todo o globo.

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Até o final do projeto de três anos, que começou no ano passado, os pesquisadores esperam catalogar tubarões e raias em cerca de 400 recifes.Quase um quarto das mais de 500 espécies de tubarões que nadam em oceanos do mundo estão ameaçadas de extinção. Os dados recolhidos a partir deste censo podem ajudar os cientistas e os políticos a proteger melhor as populações em risco. 


Cenas excelentes

Pelo menos 30 espécies de tubarões e raias foram observadas nos primeiros 100 recifes catalogados.De acordo com Demian Chapman, professor de Ciências Marinhas na Universidade Internacional da Flórida, nos EUA, a equipe implantou mais de 5.000 BRUVs e, em alguns locais, tubarões e raias foram tão comuns que os pesquisadores começaram uma competição no Twitter usando a hashtag #BRUVbattle para quem fotografava mais deles em uma única imagem.A equipe da Austrália atualmente detém o recorde, com 12 tubarões registrados juntos em Jarvis Island, no Oceano Pacífico.

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Mas e aí: onde todos os tubarões estão?

Locais como a Grande Barreira de Corais da Austrália e as Bahamas mostraram uma abundância de tubarões e raias.No entanto, câmeras rodaram por horas em alguns locais com muitos peixes, mas poucos ou nenhum tubarão. Os pesquisadores coletaram mais de 100 vídeos ao largo da costa da Malásia, por exemplo, e apenas um tubarão foi visto. Vídeos na Jamaica resultaram em nenhum avistamento destes animais.


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“Algumas dessas áreas estão com excesso de peixes, e não temos os grandes predadores que desempenham os papéis ecológicos que costumavam”, disse Mike Heithaus, biólogo marinho da Universidade Internacional da Flórida e pesquisador do FinPrint, ao portal Live Science. “Nós provavelmente precisamos criar uma regulamentação que irá ajudar a reconstruir essas populações”.

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Banco de dados

À medida que mais dados forem recolhidos, os pesquisadores saberão onde as populações de tubarões são saudáveis e onde estão ameaçadas. Também poderão compreender como esses animais são vitais para a saúde e funcionamento dos ecossistemas de recifes.O Global FinPrint irá compartilhar as informações do seu censo em um banco de dados de acesso aberto, mas o projeto não vai parar na coleta de dados.“O próximo passo é realmente trabalhar com governos e comunidades locais para formular planos para a gestão e conservação destes animais e seus habitats”, disse Heithaus. [LiveScience]



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