Nos anos 1960 e 1970, ela fotografou tudo aquilo que a sociedade considerava desagradável e anormal



A fronteira entre a repulsa e a atração muitas vezes é tênue e difícil de demarcar. No caso do trabalho da fotógrafa Diane Arbus, essa fronteira simplesmente não existe. Nos anos 1960 e 1970, Diane se especializou em virar sua câmera justamente na direção dos personagens dos quais todos desviavam o olhar – os “anormais”, os marginalizados, aqueles que a sociedade rejeitava.

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Travestis, artistas de circo, anões, gigantes, nudistas, pessoas cobertas de tatuagens, deformidades físicas, marginais e qualquer outro tipo de espírito fora do status quo sempre foram o grande foco de interesse de Diane. A aproximação se dava, no entanto, com respeito e até reconhecimento mútuo. Para fotografar os nudistas, por exemplo, Diane também tirou a roupa.

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Seu olhar buscava não o freak que todos viam, mas sim o ser humano igual a todos que havia ali – certa de que, seja de perto, seja de longe, ninguém é normal, seja você como for. “Eu realmente acredito que há certas coisas ninguém veria seu eu não as fotografasse”, ela dizia.

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Transgressora em seu olhar e nos tópicos que retratava, Diane suicidou-se aos 48 anos, em 1971, nos deixando hipnotizados pela estranha força, na justa fronteira entre a atração e a repulsa, que suas imagens provocam.

A própria Diane, em autorretrato 
 A própria Diane, em autorretrato

Diane Arbus, Man Being a Woman, 1960s
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© Fotos: Diane Arbus

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