15 botequins imperdíveis para conhecer no Rio de Janeiro



Desde sempre, o Rio é a pátria mãe dos botequins. É  a eles que se recorre de segunda a segunda para, como diria o outro, ‘lustrar a alma’. Não tem dia da semana, não tem hora marcada, não tem clima propício, não tem evento comemorativo, não tem motivo (aliás, se tiver motivo, não tem graça): botequim é a segunda casa da gente na cidade maravilhosa – muitas vezes, a primeira – e fim de papo!

Para essa ingrata missão de compilar alguns num universo tão imponente, tivemos que nos basear em alguns critérios: não cabem aqui os chamados botecos-chiques, pubs que se especializaram em mirabolantes cartas de cervejas ou os restaurantes com puxadinho (nem cá nem lá) – esses ficam para a próxima.

Enfim, divirta-se e escolha aí o que mais lhe apetece, até porquê, como já dizia Nelson Rodrigues, ‘o botequim é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele’.

1. Adega Pérola (Copacabana)

A tradicional Adega Pérola, na rua Siqueira Campos, se destaca no quesito ‘petiscos’. São quase dez metros de vitrines que enfileiram dezenas de saborosas sugestões de tira-gosto para acompanhar o chope gelado, um vinho português ou uma cachacinha mineira. Um verdadeiro dilema para os indecisos!

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Foto: Reprodução

2. Bar do Mineiro (Santa Teresa)

Sabe aquele clima de “pode chegar que a casa é sua”? Pois essa é a atmosfera do Mineiro! Com paredes de azulejo repletas de pôsteres de filmes, quadros com fotos antigas do Rio e objetos de artesanato pendurados e prateleiras apinhadas de penduricalhos que remetem à ícones da música e do futebol, esse botequim fundado na década de 90 é um ícone de Santa Teresa.

Seja qual for a sua, faça o favor de provar o imperdível pastel de feijoada com uma gelada.

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Foto: Reprodução

3. Bar da Portuguesa (Ramos)

Aberto em 1972, o tradicional e premiado bar da Zona Norte, próximo ao ramal de trem da Leopoldina, é comandado por dona Donzília Gomes, portuguesa radicada no Brasil. Ela é quem mete a mão na massa e faz os quitutes que agradam ao público fiel. Se aparecer num domingo por lá aposte suas fichas no torresmo e no jiló recheado com carne-seca.

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Foto: Reprodução

4. Bar do Momo (Tijuca)

Um balcão com banquetas sob a marquise, mesas de plástico na calçada e um São Jorge em seu cavalo sobre a geladeira, com direito a rosas vermelhas naturais e uma guia! Eis a atmosfera desse clássico tijucano para quem quer beber e comer muito bem. Não faltam opções incríveis para acompanhar a beberagem: o bolinho de arroz, o bolovo com maionese de alho, a almôndega de jiló, o rosbife de contra no alho, o filé de lagarto recheado com lingüiça e coberto com queijo meia cura… Afe!

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Foto: Reprodução

5. Cachambeer (Cachambi)

Esse botequim é um paraíso para os carnívoros. Não tem como não se esbaldar com a costela de boi que assa em churrasqueiras postas na calçada e que vem à mesa se desmanchando ladeada por cebola, arroz, farofa, fritas e molho à campanha. Haja chope!

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Foto: Reprodução

6. Bar do Omar (Santo Cristo)

O pé-sujo começou como uma birosca no Morro do Pinto e transformou-se um fiel representante da comida de boteco. A casa é uma referência para quem gosta de hambúrguer – o de picanha já foi premiado diversas vezes. Não deixe de provar o Omaracujá, batida de fórmula guardada a sete chaves pelo proprietário, e delicie-se com a bela vista da Zona Portuária.

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7. Bracarense (Leblon)

Seja no balcão, seja nas mesinhas, ou mesmo em pé na calçada da Rua José Linhares, o público egresso das areias do Leblon se aglomera atrás do chope sempre cremoso e gelado desse tradicionalíssimo reduto da boêmia carioca. Esqueça tulipas ou calderetas: a bebida é servida aos montes por lá em um copo longo (300 mililitros). Não pense duas vezes e peça para acompanhar o clássico bolinho de aipim com camarão e catupiry.

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8. Amarelinho (Cinelândia)

Com mais de 90 anos de estrada, o Amarelinho é a grande pedida para o happy hour na região do entorno da Praça Floriano, no centro do Rio, próximo do Theatro Municipal, da Biblioteca Nacional e do Cine Odeon. Uma viagem no tempo regada a um chope de primeira!

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9. Bar do David (Chapéu Mangueira)

Logo no comecinho da subida do morro Chapéu Mangueira, no Leme, o gente boníssima do David criou um botequim de respeito – já saiu até no New York Times! A dica é subir de moto-táxi, pegar uma mesinha na calçada e relaxar com uma(s) caipirinha(s) e uma deliciosa porção de bolinhos de frutos do mar – se a fome for grande, experimente a feijoada de frutos do mar. Se estiver a fim de prosear, cola no David que você vai passar uma tarde inteira em ótima companhia!

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10. Enchendo Lingüiça (Grajaú)

No Grajaú, o couro come no impagável cruzamento da Barão do Bom Retiro com Engenheiro Richard. Embutidos de todos os tipos, e de produção própria, brilham no cardápio, com direito a algumas excentricidades como a lingüiça croc, que vem envolta em batatas chips, e o hamburguiça, que como o nome sugere, é um hambúrguer de lingüiça, que vem grelhado no pão com queijo e cebola caramelizada. Outro destaque da casa é o joelho de porco que vem à mesa direto da televisão de cachorro.

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Foto: Reprodução

11. Popeye (Ipanema)

Engana-se quem pensa que Ipanema é só lugar de bacana, cheio de restaurantes e bares caros e metidos a besta. Na Visconde de Pirajá, quase esquina da Farme de Amoedo, um corredor estreito abriga um clássico da boêmia carioca. Com quase cinquenta anos de vida, o Popeye abriga uma clientela cativa que bate carteira no balcão para falar mal do governo e discutir o resultado do último clássico do Maraca no embalo de um dos mais bem tirados chopes do Rio.

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12. Bar Luiz (Centro)

Com 120 anos, o Luiz é o mais antigo botequim do Rio de Janeiro e faz questão de manter as raízes. A decoração estilo art decó, o clima de nostalgia, a cozinha de clássicos da culinária alemã e um dos chopes mais premiados da cidade fazem de lá uma parada obrigatória.

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13. Codorna do Feio (Engenho de Dentro)

O ex-padeiro cearense Sebastião Barroso é conhecido há 35 anos por um sincero apelido: Feio. Vizinhos, amigos, clientes – e até sua própria filha – o chamam assim. Ele nem liga. Porém, ai se alguém falar mal de suas codornas! Vá nelas para acompanhar a cerveja trincando, sem medo de errar!

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Foto: Reprodução

14. Pavão Azul (Copacabana)

Não tem erro, o Pavão Azul é o mais famoso pé sujo de Copacabana. Se lhe chamarem para um happy hour lá, vá com fé, se acomode em uma das concorridas mesas na calçada e peça uma porção de pataniscas de bacalhau para acompanhar o chope. O resto é pura poesia!

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15. Bar da Gema (Tijuca)

Não dá para fazer uma relação de botequins imperdíveis do Rio e mencionar apenas um tijucano! O Bar da Gema fecha com louvor essa relação com sua imbatível coxinha, os deliciosos dadinhos de angu, a polentinha com rabada, os pastéis de cebola com queijo e camarão, o parmegiana petisco, os nachos cariocas (batatas portuguesas cobertas por carne moída e cheddar)… Afe (de novo)! Tudo vai bem com cerveja e sob a benção – e supervisão – de São Jorge. Salve!

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