Fotógrafa retrata a luta do irmão que nasceu menino, mas sonhava ser menina
O que nosso gênero representa? Em alguns casos, pode representar muitas barreiras ou mesmo fazer do corpo uma verdadeira prisão.
É o que acontece quando uma pessoa não se identifica com seu gênero de
nascimento e precisa fazer a transição para o gênero oposto.
A artista israelense Rona Yefman conviveu de perto com essa situação, quando seu irmão Gil
passou a viver como mulher, durante os anos 1990. O período da
adolescência de Gil foi conturbado, já que a transição não era bem
aceita em Israel na época. Apesar disso, Rona conta que seus pais sempre
o apoiaram em sua decisão, que foi acompanhada de perto pelas lentes da
fotógrafa durante 14 anos.
O projeto ganhou o nome de “Let it Bleed”
(“Deixe Sangrar”, em tradução livre) e retrata a maneira como podemos
criar nosso próprio mundo ao invés de estar sujeitos a uma realidade que
nos foi imposta. “A câmera é uma ferramenta muito boa para o
auto conhecimento, e ao tirar fotografias nós estamos nos descobrindo,
criando personagens e contando uma história“.
Depois de um tempo, Gil decidiu fazer a transição de volta para homem pois, segundo ele “o corpo feminino não é diferente da prisão do corpo masculino“. Todo o processo está documentado nas fotografias abaixo, onde é possível acompanhar as transições entre os gêneros:
“Eles podem te falar sobre liberdade individual, mas quando eles vêem um indivíduo livre, isso irá assustá-los.“
Todas as fotos © Rona Yefman
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