Como ex-colhedoras de café em Minas Gerais estão ajudando a criar incríveis obras de arte

 


O que um grupo composto por 150 mulheres, em sua maioria ex-colhedoras de café, tem a contribuir com a arte? Longe das elites intelectuais e artísticas, no sul de Minas Gerais, essas mulheres tiveram a chance de aprender e transformar, criando obras em coautoria com a artista plástica brasileira Elisa Lobo.

Durante 35 anos, Elisa dedicou-se à arte da moda, criando para suas próprias lojas e também para marcas como a Cavalera. Foi de forma despretensiosa que ela decidiu se afastar um pouco da criação de moda e usar a linha e a agulha para mudar vidas. O projeto intitulado 1 + 1 existe desde 2002 e capacitou mulheres para trabalharem com peças artísticas.

No início, a produção era focada em almofadas e painéis bordados, mas logo se estendeu para instalações como as do projeto “A Água é Viva”, que conta com 50 esculturas incríveis de águas-vivas feitas em seda pura e bordadas à mão. Segundo Elisa, o tempo é a grande doação feita ao trabalho, já que uma única almofada pode demorar até 40 dias para ficar pronta, enquanto que os painéis demoram de 3 a 11 meses.

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Se desde pequena Elisa teve contato com as obras de grandes mestres, hoje ela usa seu conhecimento e talento para manter com eles um diálogo. Os painéis são releituras de obras como a “Mona Lisa“, de da Vinci, e “A Moça com Brinco de Pérolas“, de Vermeer. O trabalho de Elisa Lobo é a prova de que a arte pode ser estética e social, transformando mentes e vidas.
Veja só:



















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Todas as fotos © Elisa Lobo

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