10 civilizações antigas esquecidas
O típico livro de história se ocupa basicamente dos acontecimentos
dos últimos séculos e deixa apenas poucas páginas reservadas para fatos e
povos que ocuparam o nosso planeta antes da vinda de Jesus.
Ainda quando incluem a história antiga, os livros raramente se
aprofundam em algum assunto que fuja da trifeta Egito, Roma e Grécia.
Por isso, é fácil ter a impressão de que, com exceção desses três, o
mapa do mundo antigo fosse apenas um grande espaço em branco. Na
realidade, nada poderia estar mais longe da verdade. Muitas culturas
vibrantes e fascinantes de fato existiram fora dessas regiões mais
conhecidas por nós hoje em dia. É hora de preencher as lacunas.
10. Império de Aksum, na atual Etiópia
O reino de Aksum (ou Axum) é o lar de inúmeras lendas. Seja como o lar do enigmático Preste João (lendário cristão do Oriente), o reino perdido da Rainha de Sabá (figura emblemática presente nos textos sagrados da Bíblia, do Alcorão e da Torá) ou o lugar do descanso final da Arca da Aliança (baú bíblico onde as tábuas dos Dez Mandamentos e outros objetos sagrados teriam sido guardados), Aksum esteve durante muito tempo na vanguarda do imaginário coletivo do Ocidente. Afinal, o reino etíope havia de fato existido e, por não ser um mito ou algo inventado, era uma potência comercial internacional.
Graças ao acesso tanto pelo Rio Nilo quanto de rotas de comércio do
Mar Vermelho, Aksum prosperou, e no início da Era Comum (iniciada pelo
ano 1 dC), a maioria dos povos etíopes estavam sob o domínio aksumite. O
poder e a prosperidade de Aksum lhe permitiram expandir até a Arábia.
No século III dC, um filósofo persa escreveu que Aksum era um dos quatro
maiores reinos do mundo, ao lado de Roma, China e da Pérsia.
Aksum adotou o cristianismo não muito tempo depois do Império Romano e
continuou a prosperar durante o começo da Idade Média. Se não fosse
pela ascensão e expansão do Islã, Aksum poderia ter continuado a dominar
a África Oriental. Depois da conquista árabe da costa do Mar Vermelho,
Aksum perdeu sua vantagem comercial sobre seus vizinhos.
Mas a culpa disso é inteiramente do próprio reino de Aksum. Apenas
algumas décadas antes, um rei aksumite tinha dado asilo aos primeiros
seguidores de Maomé, garantindo, assim, a expansão da religião que viria
a dominar a região e, consequentemente, levar ao declínio o império
aksumite.
9. Cuche, no nordeste africano
Conhecido no Egito Antigo por sua abundância de ouro e de outros recursos naturais valiosos, a civilização Cuche (ou Kush) foi conquistada e explorada por seu vizinho do norte por quase meio milênio (de cerca de 1.500 a 1.000 aC).
Mas as origens de Cuche se estendem muito mais profundamente no
passado: artefatos de cerâmica descobertos na região de sua capital,
Kerma, datam de cerca de 8.000 aC. Sabe-se ainda que por volta de 2.400
aC, Cuche já ostentava uma sociedade urbana altamente estratificada e
complexa baseada em sua desenvolvida agricultura em larga escala.
No século IX aC, a instabilidade no Egito permitiu que os cuchitas
recuperassem sua independência. Mais do que isso, em um dos maiores
reveses da história antiga, o feitiço virou contra o feiticeiro e Cuche,
na realidade, conquistou o Egito em 750 aC.
No século seguinte, uma série de faraós cuchitas comandou um
território que em muito superou os seus antecessores egípcios. Foram
governantes de Cuche que reativaram a construção de pirâmides e
garantiram que esses monumentos se disseminassem por toda a região.
Historiadores mais recentes chegam a mencionar que houve um movimento de
“Renascimento” ao se referirem a esse período de Cuche.
Eles acabaram sendo expulsos do Egito por uma invasão assíria, que
encerrou séculos de intercâmbio cultural entre egípcios e cuchitas.
Estes fugiram para o sul e se restabeleceram na região de Meroe, na
margem sudeste do Rio Nilo. Em Meroe, os cuchitas romperam de vez com a
influência egípcia e desenvolveram sua própria forma de escrever, agora
chamada meroítica. O que aconteceu a parir daí continua sendo um
mistério. O pouco que sabemos após a ruptura dos cuchitas com o Egito é
que o último rei de Cuche morreu em 300 dC, embora o declínio da
civilização e as razões exatas para o seu fim permanecem uma incógnita
para os historiadores.
8. Reino de Yam, no atual Chade
O reino de Yam certamente existiu como um parceiro comercial e possível rival do Império do Antigo Egito, mas a sua localização exata até hoje é motivo de grande discussão e as pistas de onde a civilização possa ter se desenvolvido são quase tão evasivas quanto as da mítica Atlântida. Com base nas inscrições funerárias do explorador egípcio Harkhuf, parece que Yam era uma terra de “incenso, ébano, peles de leopardo, presas de elefante e bumerangues”. Nada de muito concreto.
Apesar dos relatos de Harkhuf de viagens por terra com duração
superior a sete meses, os egiptólogos têm considerado que a terra dos
bumerangues não se localizava fora de um raio de apenas algumas centenas
de quilômetros do Rio Nilo. Imaginava-se que não havia nenhuma maneira
de que os antigos egípcios pudessem ter atravessado a imensidão inóspita
do deserto de Saara, e por isso uma distância relativamente pequena era
encarada como uma jornada quase sobre-humana.
Existem também alguns questionamentos entre os especialistas da área
sobre o que os egípcios da época teriam encontrado se eles efetivamente
conseguiram atravessar o Saara e chegaram até o que hoje conhecemos como
África Subsaariana.
Porém, parece que nós subestimamos as capacidades dos antigos
comerciantes egípcios: hieróglifos descobertos recentemente a mais de
700 quilômetros a sudoeste do Nilo confirmam a existência de comércio
entre Yam e Egito e apontam a localização do Yam para as terras altas do
norte do atual Chade.
Exatamente como os egípcios cruzaram centenas de quilômetros de
deserto antes da criação da roda e com apenas burros como animais de
carga continua a ser desconcertante. Mas, pelo menos, o seu destino não
está mais envolto em dúvida: eles foram encontrar comerciantes de Yam.
7. Império Xiongnu
O Império Xiongnu foi uma confederação de povos nômades que dominaram o norte da China desde o século III aC até que o primeiro século aC. Imagine o exército mongol de Genghis Khan, mas um milênio antes, e com bigas (lembra-se daqueles carros de guerras que ficaram famosos com os romanos? Os asiáticos já os usavam muito antes de Ben Hur). Uma série de teorias já foi criada para explicar as origens de Xiongnu, enquanto alguns estudiosos argumentam que o povo pode ter sido os ancestrais dos hunos.
Infelizmente, o império Xiongnu deixou poucos registros de sua
própria história. O que de fato sabemos é que os ataques dos Xiongnu na
China foram tão devastadores que o imperador Qin ordenou que começassem
as primeiras obras da construção da Grande Muralha. Quase meio século
depois, as constantes invasões dos persistentes guerreiros Xiongnu
exigiram que a China, agora sob o domínio da dinastia Han, reforçasse e
expandisse ainda mais a Grande Muralha. Em 166 aC, mais de 100 mil
cavaleiros Xiongnu conseguiram avançar até cerca de 160 quilômetros para
o interior da capital chinesa antes de finalmente seres expulsos.
Foi necessária uma combinação de discórdia interna, disputas de
sucessão e conflitos com outros grupos nômades para enfraquecer o
império Xiongnu o suficiente para que os chineses finalmente fossem
capazes de exercer algum tipo de controle sobre seus vizinhos do norte.
Ainda assim, Xiongnu foi o primeiro e o mais duradouro império nômade
das estepes da Ásia.
Para quem rapidamente fez a conexão entre povos asiáticos antigos e o
clássico da Disney, Mulan, bingo! Os invasores bárbaros contra os quais
a mocinha do filme, que finge ser mocinho, luta são exatamente os
Xiongnu. O resto do desenho, porém, não tem muito compromisso com a
realidade.
6. Reino Greco-Batriano, na Ásia Central
Muitas vezes, ao narrar a vida e as conquistas de Alexandre, o Grande, nos esquecemos dos homens que o seguiam para a batalha. A história de Alexandre é bem documentada, mas o mesmo não se pode dizer dos homens que sacrificaram suas vidas pelas conquistas do jovem general.
Quando Alexandre morreu inesperadamente, os macedônios não decidiram
simplesmente voltar para casa. Em vez disso, seus generais lutaram entre
si pela supremacia antes do desmembramento do império. Seleuco I
Nicator se deu bem na empreitada e tomou para si praticamente tudo,
desde o Mar Mediterrrâeo, a oeste, até as terras onde hoje é o
Paquistão, a leste. No entanto, até mesmo este seu império Selêucida é
bastante conhecido em comparação com o Greco-Batriano. (Para efeitos de
comparação, pesquise ambos os nomes no Google. O império Selêucida
possui uma página na Wikipédia em português; o Greco-Batriano, não).
No século III aC, a província de Bátria (região onde hoje se
encontram o Afeganistão e o Tadjiquistão) se tornou tão poderosa que
declarou a independência. Algumas fontes da época descreveram o lugar
como uma terra rica “de mil cidades”, e a grande quantidade de moedas
sobreviventes atesta uma sucessão ininterrupta de reis gregos ao longo
dos séculos.
A localização fez com que o reino Greco-Batriano se tornasse um
centro de fusão de diversas culturas diferentes: persas, indianos, citas
e uma série de grupos nômades contribuíram para o
desenvolvimento de um
reino totalmente único. Nem tudo foi um mar de rosas, no entanto. A
posição e a riqueza do reino também atraíram muita atenção indesejada e,
no início do século II aC, a pressão de povos nômades da região (sempre
eles) forçou os gregos a debandarem para o sul, em direção à Índia.
Na cidade de Alexandria dos Oxus – ou Ai Khanoum, como é conhecida
hoje – foram descobertas fascinantes evidências desta combinação radical
entre a cultura grega e a oriental. Infelizmente, os combates da guerra
entre União Soviética e Afeganistão acabaram por destruir o local
histórico, em 1978. Durante o período de escavações posterior, foi
achada uma quantidade surpreendente de elementos de culturas distintas.
Moedas indianas, altares iranianos e estátuas budistas estavam entre as
ruínas desta cidade decididamente grega, que ainda possuía colunas
coríntias, um ginásio, um anfiteatro e um templo que combina elementos
gregos e zoroastrianos.
5. Yuezhi, por vários lugares da Ásia
O povo Yuezhi é conhecido por ter aparentemente lutado contra todo mundo. Basta imaginá-los como um Forrest Gump da história antiga, uma vez que, durante vários séculos, eles estiveram presentes, de uma maneira ou de outra, em uma improvável série de eventos significativos em toda a Eurásia.
Os yuezhi se originaram a partir de uma confederação de várias tribos
nômades das estepes ao norte da China. Os comerciantes yuezhi se
engajavam em longas jornadas para negociar a pedra ornamental jade, além
de seda e cavalos. O comércio florescente da região os colocou em
conflito direto com o povo Xiongnu (do item 7), que acabaram por
expulsar os yuezhi do comércio chinês.
Depois da sentida derrota, o povo Yuezhi rumou para o oeste, onde
encontraram e derrotaram os greco-batrianos (do item acima), forçando-os
a se reorganizarem tendo a Índia como novo lar. A migração dos yuezhi
para a Bátria também acabou ocasionando o deslocamento de um outro povo,
chamado de Saka, que respondeu tomando para si partes do território do
império Parta. Algumas tribos citas e sakas eventualmente se
estabeleceram por todo o Afeganistão.
Durante o primeiro e o segundo séculos dC, o povo Yuezhi estava em
guerra contra esses mesmos citas, além de conflitos ocasionais no
Paquistão e China de Han. Neste período, as tribos yuezhi se
consolidaram e estabeleceram uma economia agrícola, deixando de lado a
característica de serem nômades. Este novo império sobreviveu por três
séculos, até que as forças da Pérsia, do Paquistão e da Índia partissem
para o ataque e resolvessem reconquistar seus antigos territórios. Aí os
yeuzhi pararam de lutar – porque perderam.
4. O reino Mitanni, no Oriente Médio
O Estado de Mitanni existiu desde cerca de 1.500 aC até ao ano de 1.200 aC e consistiu no que é hoje a Síria e o norte do Iraque. Você provavelmente já ouviu falar de pelo menos um mitaniano famoso: existem evidências que sugerem que a famosa rainha Nefertiti, do Egito, na realidade nasceu princesa no estado mesopotâmico. Nefertiti provavelmente se casou com o faraó egípcio na época como parte de um esforço para melhorar as relações entre os dois reinos.
Acredita-se que os mitanianos fossem indo-arianos em sua origem e sua
cultura demonstra até que ponto a influência dos indianos antigos
penetrou na civilização primitiva do Oriente Médio. Os mitanianos
incorporaram crenças hindus como o karma e a reencarnação, além de
reproduzirem alguns de seus costumes, como o de cremar os mortos. Esses
elementos culturais deixam a ligação entre o reino Mittani e o Egito
muito mais intrigante.
Nefertiti e seu marido, Amenhotep IV, estiveram no centro de uma
revolução religiosa de curta duração no Egito, embora os historiadores
só possam adivinhar o quanto disso está relacionado à sua origem
estrangeira. De qualquer forma, Nefertiti é famosa por ter sido muito
influente durante o reinado de seu marido – para se ter uma ideia, ela
foi muitas vezes representada, em desenhos da época, em situações que
eram normalmente reservadas ao faraó, como vencendo uma batalha contra
inimigos.
Embora muito do que se saiba hoje sobre os mitanianos permaneçam
informações especulativas, os estudiosos estão esperançosos de que as
próximas escavações descubram a capital de Mitannian, Washukanni, e nos
revele mais sobre o reino.
3. Tuwana, na atual Turquia
Você pode tentar, mais dificilmente encontrará um reino antigo mais perdido ou esquecido do que Tuwana. Quando o império Hitita (o mais poderoso da Idade do Bronze na Região de Anatólia, atual Turquia) caiu, Tuwana consistia em um punhado de cidades-estado que ajudaram a preencher o vácuo de poder nos territórios que hoje são turcos.
Durante os séculos VIII e IX aC, Tuwana ganhou destaque com uma
sucessão de reis, entre os quais apenas alguns são conhecidos devido a
inscrições históricas. Tuwana se destacou ao se aproveitar da sua
posição entre os impérios Frígio e Assírio, para facilitar o comércio em
toda a Anatólia. Como resultado, o povo tuiano acumulou significativa
riqueza.
Além de sua forte economia baseada no comércio, Tuwana parece ter
possuído grandes riquezas culturais. O reino utilizava uma linguagem
hieroglífica chamada luwian, mas depois adotou a escrita fenícia
alfabética. Este fato em especial pode ter sido muito importante para a
história da região, uma vez que a posição de Tuwana como um elo entre o
Ocidente e o Oriente ajudou o reino esquecido a entrar em contato com
elementos da cultura grega antiga. Como resultado disso, é possível que
toda a interação linguística de Tuwana tenha dado origem do alfabeto
grego. Nada mal para um reino de que você nunca havia ouvido falar –
esta civilização nem artigo da Wikipédia em inglês possui.
Entretanto, o que parecia ser uma bênção para o reino acabou
contribuindo para sua ruína. A localização central de Tuwana, além de
outros elementos históricos, como a desunião entre as cidades-estado da
Anatólia, deixaram o reino pronto para ser tomado por invasores por
volta do ano 700 aC. À medida que o império Assírio se expandia para o
oeste, ia conquistando cada uma das cidades-estado pós-hitita ao longo
de seu caminho, até controlar grande parte do Oriente Médio.
Se tudo isso soa um tanto especulativo, é porque, até 2012, toda a
informação que os historiadores possuíam sobre os tuianos era baseada em
poucas inscrições e algumas menções a esse povo feitas em documentos
assírios. A recente descoberta de uma grande cidade, que teria sido a
base do poder de Tuwana, está mudando tudo isso.
Após a descoberta da cidade, cheia de evidências tão plurais e bem
preservadas sobre o povo desconhecido, os arqueólogos começaram a juntar
a história deste rico e poderoso reino, que controlou o comércio por
meio das Portas da Cilícia durante vários séculos. Considerando que este
local tinha uma importância comercial semelhante à da Rota da Seda
(embora tivesse um tamanho muito mais reduzido), o potencial
arqueológico de Tuwana é gigantesco.
2. Império Máuria, na atual Índia
Chandragupta Maurya era praticamente um Alexandre, o Grande, indiano. Por isso, não é de se espantar que, tendo sido contemporâneos, os dois homens tenham, de fato, supostamente se encontrado cara a cara. Chandragupta procurou a ajuda do macedônio em sua tentativa de tomar o controle do subcontinente, mas as tropas de Alexandre estava muito ocupadas cuidando de um motim.
Destemido, Chandragupta uniu a maior parte da Índia sob seu domínio e
venceu todos as batalhas que travou nos quatro cantos do subcontinente.
Ele fez tudo isso com 20 anos. Após a morte de Alexandre, foi o Império
Máuria que impediu que os sucessores do conquistador se expandissem
mais e chegassem até a Índia. O próprio Chandragupta derrotou
pessoalmente diversos generais macedônios em batalha. Depois desses
episódios, os macedônios preferiram fazer um acordo com os indianos em
vez de se arriscarem em outra guerra declarada.
Ao contrário de Alexandre, Chandragupta deixou para trás uma
burocracia cuidadosamente planejada e um sólido governo para garantir a
duração do seu legado. E ele mesmo poderia ter sobrevivido mais tempo se
não fosse por um golpe de Estado, em 185 aC, que deixou a Índia
dividida, fraca e muito propensa à invasão dos gregos, que na época
dominavam os territórios imediatamente ao norte da Índia.
1. Indo-Gregos, na Ásia
Existe uma razão pela qual você não pode falar sobre o mundo antigo sem mencionar os gregos – eles estavam por toda parte! Como mencionado anteriormente, as pressões externas condenaram os greco-batrianos, mas o reino indo-grego foi capaz de manter e disseminar a cultura helenística durante mais dois séculos lá longe, no noroeste da Índia.
O mais famoso dos reis indo-gregos, Menandro, supostamente se
converteu ao budismo após um longo debate com o filósofo Nagasena, que
registrou a conversa em sua obra “As Perguntas do Rei Menandro”. A
influência grega, por sua vez, pode ser vista claramente na fusão de
estilos artísticos. Embora seja raro encontrar um exemplo de estátua da
época que tenha sobrevivido até hoje, alguns achados mostram monges
budistas e devotos esculpidos no que definitivamente pode ser
considerado estilo grego – principalmente porque as figuras vestiam
túnicas gregas.
Com base em algumas moedas indo-gregas feitas por meio de um processo
metalúrgico exclusivo da região da China, acredita-se que tenha
existido um comércio intenso entre estes dois Estados. Os relatos do
explorador chinês Zhang Qian atestam este comércio já no final do
segundo século aC. A queda do reino indo-grego parece ter se dado devido
à combinação entre a invasão Yuezhi no norte e a expansão indiana no
sul. [Listverse]
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