Último Desejo

Roubaram-me os sonhos como doces de criança; Atiraram-nos como fardos numa fornalha Teceram com meu martírio minha mortalha, Arrancaram-me sem desvelo a esperança. Ergam então dos destroços de minha vida Um medíocre túmulo de pedra fria. Banhem-no com lágrimas de hipocrisia, Finjam tristeza como a ocasião convida. E sobre meu corpo frio, quero rosas despetaladas Uma profusão de falsa condolência, Marionetes esbanjando complacência, O som do silêncio das almas consoladas. E por seus rostos sei que perpassará um esgar, Porém não deixem seu teatro ruir! Minh'alma com certeza saberá onde ir, Desejem-me a paz na qual não irei descansar.

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