Mórbida Alma

Mais um dia Mais dor e sofrimento Solidão é tudo o que me restou Minhas lágrimas são companheiras Sempre sinceras Já não suporto minha própria dor Sobre mim se encontra o véu negro do anoitecer A lua fascina-me com seu olhar As copas das árvores balançam A brisa toca sutilmente minha face Como se quisesse me revelar algum segredo No céu as estrelas parecem milhares de olhos a me observar Meu coração agora bombeia toda melancolia para alimentar a minha alma No meu rosto brota um perverso sorriso Triste sinal Manifestado em falsos sentimentos Preciso fugir! Preciso me libertar destes horríveis sentimentos Veja o sangue escorrer em meus braços Meus sonhos estão destruídos Minha alma queima Minhas palavras parecem serem tiradas de um diário Um diário pertencente a um espírito amaldiçoado Vivendo seus dias de dor e sofrimento Minha vida é um purgatório sem fim Estou prestes a despencar de um abismo Assista minha morte Prenda-me num caixão Apague as velas Arranque meu coração Faça-o sangrar Inume minha alma em um mausoléu Leve-me ao vale da morte Mostre-me o caminho Já não suporto mais Arrasto-me pelo chão Suplico pelo fim Estou a despencar Não há nada nem ninguém para segurar-me Apenas a brisa está a soar em meu ouvido Revelando-me fúnebres palavras até então ocultas Nostalgia toma conta de meu ser Estaria eu livre? Esta sendo executado um funeral de sangue em meu nome Anjos rezam por aquela alma torturada Anjos choram por mais uma tragédia A morte deixou em meu caminho um rastro de pecados e sangue impuro Hoje jaz mais uma mórbida alma Estaria eu livre?

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